No final da década de 1990 e início de 2000, João Kleber foi a grande
sensação da televisão brasileira quando colocou no ar seu quadro Teste
de Fidelidade, no programa Eu Vi Na TV, da RedeTV!.Nele, o apresentador
fazia homens e mulheres gostosos seduzirem maridos e esposas para ver se
eles realmente eram fieis.O programa noturno semanal marcava altos
índices de audiência, mas também muita polêmica por seu teor picante e
acusações de que as situções eram 'armadas'.
O apresentador também tinha um segundo programa no canal, só que
diário, o Tarde Quente. Por causa dele, a RedeTV! acabou por sair do ar,
após uma ação judicial, que exigia que atração fosse suspensa por 60
dias e se adequasse à sua faixa de horário. Por não cumprir a ordem do
Ministério
Público, a emissora foi punida a ficar 24h fora do ar. Na
sequência, João deixou o canal, tendo ficado oito anos fora da
tevê brasileira, indo atuar em um canal de Portugal, que aderiu ao Teste
de Fidelidade.
Agora, João Kleber retorna à sua antiga casa e o Teste Fidelidade volta à grade neste sábado (2), à 0h30.
Em conversa com o site Ofuxico, o apresentador diz que não
se preocupa com possíveis críticas que classificam sua
atração como 'baixaria' , diz que os atuais escândalos do Vaticano são
piores e ainda fala de seu segundo programa, o Você na TV - este diário
- que vai comandar nas manhãs da RedeTV!, ainda sem data de estreia.
O Fuxico: Como será seu grande retorno para a televisão brasileira?
João Kleber: Bem, terei dois programas, sendo um
diário (Você na TV, das 10h às 12h) e outro aos sábados, que estreia já
neste dia 2 (o Teste de Fidelidade, que vai das 0h30 às 2h, logo depois
do Mega Senha). O Teste já foi sucesso na RedeTV! e vamos trabalhar com
uma nova geração, que não chegou a conhecer o programa naquela época,
pois era muito novinha ainda. No Carnaval chegamos a fazer uma
brincadeira, testando a fidelidade das pessoas, e ficamos na
vice-liderança, além de ficar nos Trending Topics do Twitter. A molecada
já está atenta!
OF: Vai usar para tentar os casais aqueles mesmos modelos de antes?
JK: Não, senão não teria graça! Temos quatro sedutoras
e quatro sedutores para intercalar. Este é um programa conhecido e as
pessoas ficam conhecidas também entre o público. Já temos vários
modelos. Nos primeiros programas vamos mostrar um modelo e depois vamos
colocando outros diferentes. Já estamos gravando, há algum tempo, e
temos um contrato com a RedeTV! por dois anos. Vamos ficar com um modelo
por 10 ou 12 programas, e depois com outro. Enquanto este estiver no
ar, o outro já estará gravando sem ninguém saber.
OF: Você se incomoda com as críticas de que esse formato é baixaria?
JK: O Teste que vamos fazer será com nova roupagem, a
gente vai começar a testar primeiro os homens e as mulheres [esposas]
mandam email. A produção checa a veracidade das informações, se são
casados mesmo ou não. Queremos entretenimento! O objetivo é testar a
fidelidade das pessoas. Os críticos ficam tão preocupados com isso, mas
tem tanta coisa pior em relação a programas na tevê, mas vou ser
indelicado de citar nomes. Acho que hoje o formato está tão light que dá
pra fazer [o Teste de Fidelidade] na igreja. As coisas do Vaticano são
muito piores [em relação aos escândalos de pedofilia]! Entretenimento,
este é meu objetivo!
OF: E as críticas de que esses testes são armados?
JK: As pessoas dizem que é armado, mas eu falo que não
é. Deixa falar o que o pessoal quiser dizer. Desde que existiu, no
passado, sempre falam a mesma bobagem. Por este motivo que a gente
sempre checa se o casal realmente namora ou se é casado. As pessoas têm
de se identificar para não dar problema. As coisas têm de ser
transparentes. Esse é nosso objetivo.
OF: Qual a importância de um programa que testa a fidelidade?
JK: A fidelidade mexe com as pessoas. Isso é um
assunto muito sério em todos os sentidos: de pai, de um amigo, do
funcionário... Esse tema é muito forte e precisa ser falado! Este
programa está bem produzido, tem cenário maravilhoso, equipe fantástica,
unida, e as coisas estão acontecendo. O programa está pronto!
OF: Tem medo de ter problemas com a Justiça, como aconteceu antes?
JK: Não teve processo por causa do Teste! Só em
pegadinhas! Uma ONG dizia que eu fazia pegadinha que denegria a imagem
das pessoas como gays, idosos, deficientes, mas pegadinhas todos fazem,
inclusive o Silvio Santos, e sempre vem só pra cima de mim.
OF: Mas não corre-se o risco de uma ‘vítima’ do Teste não gostar e processar por isso?
JK: Se quiser entrar com processo é problema dela. A
legislação é perfeita! Só entra no ar se ela autorizar. Isso já
aconteceu naquela época e a pessoa não quis fazer o programa no palco e a
outra pessoa que foi testada não querer vir também para não expor a
imagem, então não colocamos no ar. Fazemos só se a pessoa assinarem
autorização, pra evitar qualquer problema. Não pode botar no ar sem
autorização.
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