O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, prometeu às Filipinas que a Casa Branca irá protegê-la em um eventual ataque armado impetrado pela China na região do Mar da China Meridional. A promessa se dá em meio à tensão geopolítica que se acirrou na última semana entre Pequim e Taiwan, após a visita da presidente da Câmara dos Deputados norte-americano, Nancy Pelosi, à ilha autônoma cujo território é reivindicado pelos chineses.
Blinken lembrou que os EUA e as Filipinas têm um acordo de defesa mútua que já dura 70 anos e, na possibilidade de a China atacar o território filipino, eles seriam "obrigados" a defendê-los, para manter a "resistência" desse tratado.
"Um ataque às forças armadas filipinas, embarcações públicas e aeronaves invocará os compromissos de defesa mútua dos EUA sob esse tratado. As Filipinas são amigas, parceiras e aliadas insubstituíveis dos Estados Unidos", afirmou o secretário norte-americano em entrevista a jornalistas. Durante o encontro com Blinken, o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr, negou que a visita de Nancy Pelosi tenha sido o fator preponderante para "aumentar a intensidade" da crise diplomática entre China e Taiwan, pois eles já vivem sob "esse nível tensão há um bom tempo".
As Filipinas tentam manter o equilíbrio em meio às constantes crises entre os Estados Unidos e a China, e o atual presidente filipino busca reforçar os laços com a Casa Branca após seu antecessor, Rodrigo Duterte, ter ficado conhecido por um posicionamento contrário aos EUA.
Agora, Ferdinand planeja realizar uma visita ao presidente norte-americano, Joe Biden, segundo o secretário de Relações Exteriores das Filipinas, Enrique Manalo.
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