O limite legal de radioatividade foi superado na central nuclear Fukushima 1, no nordeste do Japão, onde houve uma explosão no sábado (12). A informação foi confirmada pela Tepco (Tokyo Electric Power Company), empresa responsável pela usina. Ao menos uma pessoa morreu na explosão de sábado e 11 ficaram feridas, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
“Os níveis de radiação haviam diminuído na noite passada, mas voltaram a subir nesta manhã e superaram o limite fixado pelo governo”, informou um porta-voz da Tepco.
Nove pessoas já haviam mostrado uma possível exposição à radiação da usina, com base em informações de testes por parte das autoridades municipais e de outras fontes, e as estimativas das autoridades sugerem que este número poderia subir a algo entre 70 e 160, disse o funcionário da central nuclear da Agência de Segurança Industrial e Nuclear, em entrevista coletiva.As autoridades japonesas evacuaram a área de 20 quilômetros ao redor da usina e 140 mil pessoas deixaram suas casas. O número de indivíduos expostos à radiação na região da usina nuclear de Fukushima pode chegar a 160, disse um funcionário da agência japonesa de segurança nuclear.
O acidente na central nuclear na cidade de Fukushima, no Japão, foi classificado como de nível 4 na Escala Internacional de Eventos Nucleares, que vai de 0 a 7. A classificação é a terceira mais alta já concedida, ficando atrás apenas do acidente em Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979 (nível 5) e de Tchernobil, em 1986 (grau 7).
Entenda
A classificação 4 qualifica acidentes "com consequências de alcance local", segundo documentos AIEA. O termo anomalia é utilizado para o nível 1 e, incidente, para os níveis 2 e 3. O nível 4 é o pior até o momento no Japão, de acordo com a Agência japonesa de Segurança Nuclear e Industrial.
Terremoto
O Japão lida com a ameaça nuclear enquanto tenta determinar o alcance dos danos do terremoto, o mais poderoso de que se tem registro em território japonês, e do tsunami que devastou a região nordeste. O número oficial de mortos subiu para 686, mas o governo diz que a estatística pode ultrapassar 1.000.
Foram mobilizados 50 mil soldados e outros socorristas para trabalhar na ajuda aos sobreviventes. Participam das operações 300 aviões, 20 navios e destróieres e 25 caças de reconhecimento mobilizados para a costa leste do arquipélago.

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