Um grupo de cerca de 250 ciclistas desafiou o tempo feio e até um certo frio nesta noite (22ºC) para participar da quarta edição da Pedalada Pelada, versão nacional da World Naked Bike Ride, em plena avenida Paulista, na região central de São Paulo.

A ordem do movimento internacional, que acontece em diversas cidades ao redor do mundo, é fazer os manifestantes tirarem a roupa para protestar contra a "inviabilidade" dos ciclistas no trânsito das metrópoles.

A nudez representa a fragilidade das bicicletas no trânsito das grandes cidades. "Essa é uma analogia a como nos sentimos no trânsito, nus e indefesos", afirmou o educador Samir Souza, 31, participante do evento.

A concentração dos participantes na praça do Ciclista (entre a Paulista e a Consolação) começou por volta das 18h, ainda com um grupo pequeno de cerca de 50 pessoas.

A maioria chegou vestida e alguns estavam até agasalhados, mas à medida que o grupo cresceu --e recebeu ciclistas com os corpos pintados--, boa parte do grupo decidiu também tirar a roupa.


Às 20h, a Pedalada já reunia cerca de 250 participantes. O grupo seguiu em direção à Paulista, circulou pelos Jardins e também pela Vila Madalena, na zona oeste da capital, retornando à praça do Ciclista.

Em meio aos bares já movimentados, os ciclistas gritavam para chamar a atenção dos freqüentadores com frases como "ei, você parado, venha pedalar pelado" e também "mais amor e menos motor".

O evento terminou por volta das 22h40. Segundo a Polícia Militar, não houve registro de tumulto. No ano passado, pelo menos quatro ciclistas foram detidos por ato obsceno.


O World Naked Bike Ride é um movimento pacífico para reivindicar melhores condições para o uso das bicicletas.

Postar um comentário

0 Comentários