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| O corpo de Igor Morais da Silva foi enterrado na tarde desta sexta-feira |
Apenas o corpo do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ainda está no Instituto Médico Legal (IML). Segundo o IML, após dez dias, o rapaz será enterrado como "corpo não reclamado".
Vizinha da família de Ana Carolina, Fernanda Pereira afirmou que a menina era uma criança normal, como todas outras: "brincava com a minha filha de 8 anos toda hora, mas foi tirada da gente dessa forma", disse. Segundo ela, a família decidiu pela cremação e as cinzas de Ana Carolina serão deixada num lugar ainda a ser escolhido.
Igor Morais da Silva de 14 anos, foi enterrado por volta de 17h desta sexta-feira no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O irmão dele, Eduardo Morais da Silva, de 11 anos, também aluno da escola, estava desconsolado.
“O que eu mais gostava era quando meu irmão jogava bola comigo”, recorda ele.
“Ele saiu vivo, voltou morto. Acordou às 6h para ir à escola, e não voltou mais”, dizia, em voz alta, Dalva de Oliveira, amiga da família e ex-diretora da creche que cuidou de Igor e Eduardo. “Isso não pode acontecer. Não pode!”, bradou ela.
Todas as cerimônias foram marcadas por muita emoção nesta sexta-feira (8). A costureira Ana Rosa do Nascimento, de 54 anos, não escondeu a tristeza durante o enterro da sobrinha, Milena dos Santos Nascimento, no Cemitério do Murundu. O corpo da jovem, de 14 anos, foi enterrado sob aplausos de familiares e amigos do bairro. Para a tia da adolescente, a família ficou 'destruída' com a tragédia.
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| Rosa, tia de Milena, disse que a família ficou destruída |
Segundo Ana, a sobrinha tinha o sonho de participar de desfiles de moda e cursar uma faculdade.
"A Milena era muito estudiosa, um doce de menina. Ela sempre dizia que queria fazer faculdade e sonhava ser modelo também. Mas veio um maluco e acabou com o sonho dela. A crueldade está demais nesse país", lamentou.
As duas irmãs de Milena, Helena (12) e Tainá (15), sobreviveram ao ataque à escola. Para a tia, elas vão precisar de ajuda psicológica para superar o trauma.
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| Ricardo, à esq., e o primo dele foram ao enterro de Bianca |
Preocupado com a segurança, Ricardo decidiu matricular a filha em uma escola particular.
A doméstica Márcia Valéria, de 47 anos, levou as suas três filhas ao cemitério. As crianças eram amigas de bairro de Laryssa Silva Martins, 13 anos, também enterrada no local. Preocupada, ela pediu mais segurança no bairro.
"Será que os colégios vão ter seguranças? Como levaremos nossos filhos para a escola agora? Tudo isso é muito triste, não sei nem o que falar", encerrou.
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| Multidão participa de funeral da estudante Larissa Silva Martins, uma das vítimas do massacre |
O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame foi ao Cemitério do Murundu. E prefeito Eduardo Paes também esteve nos cemitérios do Murundu e em Sulacap, ambos na Zona Oeste, cumprimentar os familiares das vítimas.
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| Amigos, colegas e familiares dos alunos mortos comparecem ao velório realizado no Cemitério do Murundu |
Parentes de Rafael Pereira da Silva levaram duas faixas para o velório do menino. Uma delas dizia: “Aí, governante: até quando vamos ficar sem segurança nas escolas e nas ruas. O Brasil vai copiar sempre as coisas ruins desse país? Hoje foi essa escola. Qual será a próxima?”
Os parentes de Mariana Rocha de Souza, de 12 anos, fizeram uma oração em frente à escola, após o enterro da menina no Cemitério do Murundu.
Também foram enterrados nesta sexta-feira, os corpos de Karine Lorraine Chagas de Oliveira, de 14 anos, Géssica Guedes Pereira e Samira Pires Ribeiro, de 13 anos.





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