'Crianças estão chocadas’, diz assistente social que visitou alunos


Assistência social na escola de Realengo (Foto: Tahiane Stochero )
A assistente Rose (à frente, de bolsa vermelha) saiu
na primeira equipe que visitou famílias em Realengo
(Foto: Tahiane Stochero )

A assistente social Rose Braz, que participou do mutirão da Prefeitura do Rio de Janeiro no sábado (9) prestando atendimento psicológico às famílias de alunos da Escola Municipal Tasso da Silveira, diz que os alunos estão "muito chocados e visivelmente abalados com o que aconteceu".
Em balanço divulgado neste domingo (10) pela assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Assistência Social 674 famílias já receberam visitas das equipes.
No sábado, 314 famílias receberam os profissionais. No domingo, outras 360 residências foram visitadas.
A assistente Rose e sua equipe atuaram no atendimento psicológico de 10 famílias de alunos que residem, segundo ela, na Estrada Manuel Nogueira de Sá, em Realengo, bairro onde fica o colégio que foi palco da tragédia.
"As crianças têm noção da realidade, entendem o que aconteceu, mas estão muito abatidas, chorosas. Os pais relatam que elas têm dificuldades para dormir, acordam repentinamente no meio da noite. A maioria diz que não quer voltar a estudar, nem mesmo em outra escola. É muito triste", diz Rose.

No sábado, mais de 300 agentes comunitários, enfermeiros, médicos e assistentes sociais começaram a visitar as famílias dos 1.172 alunos da escola para prestar apoio psicológico.
O mutirão começou às 10h no Posto de Saúde Olímpia Esteves, em Realengo, e continuou no domingo. Segundo a Secretaria de Assistência Social, os moradores foram muito receptivos durante as visitas domiciliares.
Escola Tasso da Silveira - Realengo (Foto: Jadson Marques/AE)
Moradores fizeram homenagens às vítimas com
faixas na escola (Foto: Jadson Marques/AE)
De acordo com o subsecretário de saúde, Daniel Soranz, o trabalho com as crianças terá duração inicial prevista de seis meses e o acompanhamento neste período buscará identificar possíveis necessidades de tratamento individualizado.
Enquanto as aulas na escola não recomeçam, haverá atividades para os alunos no posto de saúde Olímpia Esteves, segundo Soranz.

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