Uma pesquisa que mapeou o comportamento
sexual dos jovens no país aponta que 77% dos 750 entrevistados na
capital não se protegeram na primeira relação. “Tinha camisinha na
festa, mas não comigo. Havia uma pressão para transar logo e fizemos
sem.”
Ao todo, 3 mil pessoas com 16 anos ou mais
foram ouvidas em Belo Horizonte, Curitiba, Recife e São Paulo para o
estudo do Departamento de Ginecologia da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo) e da Bayer HealthCare, para marcar o Dia Mundial de
Prevenção da Gravidez na Adolescência, celebrado ontem.
Na capital, a vida sexual de 58% dos
entrevistados começou entre 15 e 16 anos. Outros 63%, tiveram relação no
primeiro encontro ou já fizeram sexo causal. Lucas está nesse universo.
“Conversamos para ela tomar a pílula do dia seguinte e não nos vimos
mais.”
A coordenadora do Ambulatório de Sexualidade
Feminina da Unifesp, Carolina Ambrogini, diz que comportamentos como o
de Lucas são tendência. “Os adolescentes não se protegem, pois acham que
nada acontecerá com eles.”
O chefe do Departamento de Ginecologia da
Escola de Medicina da Unifesp, Afonso Nazário, acrescenta que a tensão
na primeira relação pode contribuir para a falta de proteção. “É preciso
adotar medidas de proteção. Além do risco de gravidez, existem as
doenças sexualmente transmissíveis.”
Do Metro São Paulo
Em quatro capitais, 54% já transaram no 1º encontro
Sexo no primeiro encontro ou relações
causais, que duram uma noite, são mais comuns do que se pensa. 54% dos 3
mil entrevistados em quatro capitais já tiveram relações dessa
natureza, segundo a pesquisa.
Falta de prevenção na primeira relação é
comum: 73% não usaram métodos contraceptivos quando perderam a
virgindade. O chefe do departamento de ginecologia da Unifesp, Afonso
Nazário, diz que antes de iniciar a vida sexual é preciso ir ao
ginecologista. “Para tirar dúvidas e saber que eles são responsáveis por
seu futuro.”
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