Carminha,
Tufão, Nina, Jorginho, Nilo. Durante sete meses o Brasil se deixou
conquistar pelos personagens da trama de João Emanuel Carneiro e
transformou “Avenida Brasil” na novela mais lucrativa na América Latina
de todos os tempos e com uma repercussão que não se via desde a década
de 80.
Bilhões arrecadados, como
comentei em uma publicação mais cedo, repercussão internacional e alta
audiência. Foram grandes conquistas. No entanto, a maior delas foi a de
renovação do setor. Muitos questionavam a futuro das novelas, pois a
cada novela a audiência caia em relação a anterior.
Este
quadro mudou com “Fina Estampa” e consolidou-se com “Avenida Brasil”.
Com este feito a Globo conseguiu passar pelo desafio de ver seus autores
envelhecerem e as tramas perderem prestígio no Brasil e no exterior.
”Avenida Brasil” apostou num roteiro feito por um autor novo, João
Emanuel Carneiro e trabalhou pela primeira vez com a classe C como
protagonista central e com uma direção parecida com a de filmes e séries
americanas, o que se mostrou extremamente certeiro.
FIM DO MISTÉRIO - Depois
de tantas especulações sobre o verdadeiro assassino de Max, foi
revelado no último capitulo da trama que “Carminha”, a vilã de Avenida
Brasil, havia matado o mal-caráter para proteger Nina.
O
autor João Emanuel Carneiro, em estratégia, havia feito com que todos
pensassem que Santiago, pai da vilã, estivesse por trás de tudo – o que
não aconteceu.
A AUDIÊNCIA -
Com tantas conquistas, era de se esperar uma audiência espetacular no
último capítulo. E foi o que aconteceu, nesta sexta 19 “Avenida Brasil”
atingiu 50.9 de média, pico de 54.1 e 72% de participação. SBT 3.6 e
Record 2.5.
“Avenida Brasil” não
reinventou a roda, ‘apenas’ mostrou que é possível buscar a renovação em
nossas tão amadas telenovelas. Que os outros profissionais da
teledramaturgia da Globo, Record e SBT possam tomar como exemplo que é
possível mudar para melhor.
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