Após luta contra tumor no cérebro, brasileira morreu nesta sexta-feira
Elizabeth foi durante muito tempo a musa do bodyboard. Ativa, participava de campeonatos, dava clínicas do esporte e tentava organizar competições no litoral sul de São Paulo. Em 2008 decidiu passar um tempo no Havaí, onde nunca mais saiu. Fazendo bicos de faxineira, conseguiu juntar dinheiro para sobreviver no estado norte-americano.
No ano seguinte, uma tragédia que mudaria completamente sua vida. Bete, como muitos a chamavam, dormiu no volante no meio da estrada. Ao ser levada para o hospital o diagnóstico não foi nada animador. A atleta tinha um tumor benigno de 4cm no cérebro.
“Acho que o Havaí me salvou. Se morasse no Brasil, não sei se teria me preocupado em saber qual era o meu problema”, disse na época.
Na mesa operatória, o risco de vida era tão alto que o tumor não foi retirado por completo - apenas 60% dele. Em vez de realizar sessões de quimioterapia, optou por tratamentos alternativos para controlar a doença.
“Eu podia morrer na cirurgia ou então ficar paralisada, caso uma veia fosse atingida. Retiram 60% do tumor. Depois, uma médica, pensando no meu bem, claro, disse que eu ia morrer se não fizesse radiação. Controlo com medicina chinesa, homeopatia e dieta. Fiz o último exame em setembro. Está tudo ótimo, mas tenho que controlar isso pelo resto da vida”, explicou na época.
Antes do acontecimento, Elizabeth tinha medo do mar, principalmente dos tubarões. Quando voltou à água, encarou logo as ondas de Pipeline. Sentiu que estava no seu habitat natural.
“Deitada na cama do hospital, quando vi todo mundo com cara de choro, jurei que, se tivesse uma chance de viver de novo, levaria uma vida muito melhor. Quero ajudar quem passa pelo mesmo problema. Voltar a fazer um trabalho social, mostrar que é possível se curar”, afirmou na época.
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